O boletim de balneabilidade divulgado ontem trouxe boas notícias para os banhistas da capital potiguar e de outros municípios da costa do Rio Grande do Norte. Em comparação com o primeiro boletim de 2024, que indicava altos níveis de poluição, o cenário nas praias potiguares mudou drasticamente.

Em janeiro, o boletim apresentava números alarmantes. Cinco praias estavam impróprias para banho, destacando-se Areia Preta, em Natal, com preocupante índice de 3900 de coliformes termotolerantes por 100ml de água – número muito acima do limite seguro de 1200 estabelecido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA). A Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta, registrava 2180; o Rio Pium (Balneário Pium), em Parnamirim, 2890; e outras praias como Pirangi do Norte e Rio Pium (ponte nova) também estavam contaminadas.

Porém, o boletim mais recente, de outubro, mostra um quadro completamente diferente. Nenhuma das praias anteriormente classificadas como impróprias aparece no novo relatório. A praia de Areia Preta, que apresentava o maior índice de poluição, agora está apta para banho, após medidas corretivas adotadas ao longo do ano.
Uma das ações mais significativas ocorreu em Areia Preta, onde foi flagrado um condomínio de luxo despejando esgoto clandestino diretamente na areia da praia. A operação foi realizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb) em parceria com a Caern. O condomínio, localizado na Avenida Sílvio Pedroza, teve seu esgoto interceptado durante uma fiscalização, resultando em multa gravíssima e prazo de 72 horas para cessar o despejo ilegal.
Segundo a Semurb, esse despejo era mais grave que outros já notificados, por se tratar de esgoto contendo fezes e urina, diferente de casos envolvendo apenas água servida. A rápida ação das autoridades foi crucial para a recuperação da balneabilidade, especialmente na praia de Areia Preta.
Esses resultados reforçam a importância de monitorar e atuar contra despejos irregulares, garantindo a preservação ambiental e a segurança dos frequentadores das praias potiguares. O boletim de balneabilidade continuará sendo uma ferramenta essencial para alertar a população e manter o controle da qualidade das águas.