As eleições de 2026 já começaram a ser desenhadas no Rio Grande do Norte, e dois partidos que brilharam nas eleições municipais de 2024, o MDB e o União Brasil, preparam-se para um confronto decisivo. Com figuras de destaque como o vice-governador Walter Alves (MDB) e o prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra (União Brasil), o cenário se torna ainda mais interessante com a ascensão de líderes como Rogério Marinho (PL) e o senador São Valentim (Podemos).
Walter Alves, impulsionado pela força do MDB, que elegeu 45 prefeitos em 2024, é um dos nomes centrais para 2026. Como vice-governador, sua experiência e capital político são ativos valiosos em uma possível candidatura ao governo. Sua trajetória, marcada por uma gestão sólida ao lado da governadora Fátima Bezerra, pode trazer continuidade a projetos que buscam estabilizar o estado. Contudo, o MDB terá que equilibrar essa imagem de tradição com a necessidade de renovação, para se manter competitivo diante de novos players na política potiguar.
O grande adversário de Walter pode ser Alysson Bezerra, o jovem prefeito de Mossoró e líder em ascensão pelo União Brasil, que conseguiu eleger 27 prefeitos em 2024. Bezerra tem uma postura diferenciada, sem alinhamento ideológico rígido, o que o torna um candidato capaz de atrair eleitores de diversos espectros políticos. Ele terá que decidir se disputará com uma chapa própria ou se buscará uma aliança, o que pode mudar o cenário das eleições estaduais. Sua popularidade e a eficiência na gestão em Mossoró fazem dele uma ameaça concreta para qualquer candidatura tradicional.
No entanto, o cenário não se limita apenas a Walter e Alysson. Rogério Marinho, senador pelo PL e atual presidente do partido no estado, é outro nome de peso que pode influenciar as eleições. Com uma base forte entre os conservadores e um histórico de atuação tanto no Congresso quanto no Executivo federal, Marinho tem poder de articulação e poderá emergir como um candidato competitivo, especialmente se consolidar alianças estratégicas com o eleitorado mais à direita.
Além disso, o senador São Valentim, do Podemos, também surge como uma figura importante no cenário estadual. Valentim tem ganhado relevância por suas posições firmes em temas sociais e econômicos e pode capitalizar em cima de um eleitorado que busca alternativas fora do espectro polarizado entre esquerda e direita. Seu nome começa a ser cotado para cargos executivos ou para atuar como um grande influenciador no equilíbrio das forças políticas do estado.
Com isso, a eleição de 2026 no Rio Grande do Norte promete ser uma das mais disputadas dos últimos anos, com diversas possibilidades de alianças e cenários em jogo. A grande questão será: Alysson Bezerra apostará em uma candidatura própria, Rogério Marinho consolidará seu poder junto à base conservadora, ou veremos a formação de uma chapa ampla, com Walter Alves e novas alianças?
Os próximos dois anos serão decisivos para essas movimentações, e os eleitores potiguares certamente estarão de olho na postura e nas articulações dessas figuras, que terão o poder de moldar o futuro político do estado.